31/12 12:20 (21:20 do dia anterior em Brasilia)
Não tenho tido tempo nem de respirar nos últimos dias. Desde que entrei no ônibus, é uma atividade atrás da outra, só 30 minutos para cada refeição e muitas explicações dos lugares por onde a gente passa enquanto estamos viajando. Pra quem me perguntou, Kiwi Experience é uma agência de turismo neo-zelandesa (www.kiwiexperience.com). Eles oferecem diversos roteiros, e todos exigem uma disponibilidade mínima para viajar e máxima de 1 ano. O que comprei tem duração mínima de 22 dias. Então funciona assim: o motorista do ônibus é guia também. Ele vai explicando por onde passamos e parando no meio do caminho. Chegando no lugar de destino, se gostar e decidir ficar mais tempo, não tem problema, é só avisar o motorista e pegar o ônibus de novo no próximo dia que ele sair. É legal porque apesar de er um tour, dá flexibilidade para ficar nos lugares mais legais. Eu tenho meio que planejado onde quero ficar mais, mas posso mudar de ideia no meio do caminho.
Agora estou indo de Waitomo para Taupo, uma viagem de aproximadamente 2 horas, um pouco mais longa que as outras que fiz até agora, e por isso estou tendo tempo de escrever. Desde terça-feira, dia 28, já passei por Mercury Bay (Cathedral Cove e Whitianga), Paeroa, Matamata, Rotorua e Waitomo. Infelizmente no primeiro dia, que foi quando passamos pelas praias, tava chovendo, mas mesmo assim deu pra ver como a beleza do lugar. Fui até a beira da praia em Whitianga caminhar, o mar até que é quentinho. Tinha muitas pessoas dentro do mar catando mariscos e derivados, não precisa entrar muito fundo pra encontrar vários. Peguei alguns só por diversão e devolvi, porque infelizmente não gosto de comer nada que venha em conchas.
Cathedral Cove. |
Whitianga. |
Paeroa e Matamata foram só algumas paradas no meio da viagem. Em Paeroa tem uma reserva por onde fizemos uma caminhada de uns 45 minutos (Karangahake Reserve), e Matamata foi uma das locações do Senhor dos Anéis.
Karangahake. |
Eu e Gollum. |
Rotorua na verdade é mais legal do que eu esperava. Sempre ouvi falar que a cidade fedia a enxofre, mas o cheiro não é tão ruim assim. Na verdade, depende de onde se está, alguns lugares não tem cheiro nenhum e outros fedem mesmo (perto das águas termais o cheiro é insuportável!). Pra se ter uma ideia de como é cheiro de enxofre (eu não imaginava como era!), é só passar um dia inteiro comendo ovo. Qualquer gás expelido do corpo depois disso, é igualzinho ao cheiro de enxofre (nojento, mas é verdade!). Tem fumaça saindo do chão da cidade inteira devido a atividade geotermal, o que para quem mora lá é uma vantagem, pois eles tem calefação natural durante o inverno.
Rotorua. |
Em Rotorua começam a aparecer as atividades de aventura. Rafting, Zorb, Bungy, Swing... Desses todos, fiz o swing, que é mais ou menos como um bungy mais suave, com pouca queda livre e sem ter que se atirar. Eles amaram a gente dentro de um saco tipo saco de dormir, puxam pro alto de um guindaste e aí tem que puxar uma cordinha pra cair e balançar. Fiz junto com 2 gurias, uma da Dinamarca e outra de Israel.
Zorb. |
Eu que puxei a cordinha! |
Ainda em Rotorua visitei uma vila Maori, onde tem uma demonstração de como os maoris viviam, os rituais, danças, e comida típica. Achei muitas coisas parecidas com os Rapa Nui da Ilha de Pascoa, dá pra ver que a origem das duas culturas é a mesma.
Waitomo é uma cidadezinha pequena, onde se para basicamente por causa das cavernas. Fiz um passeio de 5 horas nas cavernas. Pra entrar na caverna, fazemos um rapel de uns 35 metros e depois de entrar uma tirolesa pra chegar mais perto da água. Aí eles servem um chocolate quente com bolo pra esquentar e distrair a galera, dão uma boia pra cada um, tipo pneu, e tem que pular com a boia direto na água congelante da caverna, uns 2 metros de altura mais ou menos. Essa é a parte que mais dá medo, é relativamente alto e tem que pular sentado na boia já. Aí ficamos um tempão andando pelo rio e vendo o teto das cavernas que parece um céu estrelado, devido aos Glowworms. Glowworm é um inseto tipo um vagalume que brilha sempre, e que usa o brilho pra atrair comida. Bem bonito. E congelante, chegou um ponto em que eu não sentia mais os dedos do pé. Depois de um tempo andando pelas cavernas (tem partes bem estreitas pra ir de um ponto a outro, tipo aquela cena dos Goonies que eles tem que mergulhar pra chegar do outro lado, sabe?), eles servem chocolate e um Tang quente pra distrair de novo (o Tang tava fervendo, queimou minha língua, mas joguei nos meus pés e não senti a menor diferença!) e aí voltamos pra superfície escalando uma cachoeira. Foi bem legal, valeu a pena! Não tenho fotos disso porque como era na água não tinha como levar a câmera, infelizmente.
Antes de entrar na caverna. |
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