27/12, 21h30 (06h30 em Brasilia)
O voo foi tranquilo apesar de estar cheio. 13h de voo, consegui dormir um pouco e assistir a um filme. Chegando em Auckland, veio o medinho da Imigração. Nunca tinha tido problema com isso, até o ano passado, quando me mandaram pra salinha nos EUA e na Australia me pegaram 2 vezes pra fazer várias perguntas. Enfim, é sempre uma apreensão, ainda mais viajando do jeito que estou, sem tempo certo para ficar em cada lugar. Deixei os cachorros me cheirarem (aqui eles tem isso antes de entrar na fila, pra ver se ninguém tem nada escondido) e entrei na fila da Imigração. Só depois me dei conta de que estava na mais demorada, o cara sério e enchendo todos de perguntas. Fazer o que, trocar de fila ia ser pior. Chegando a minha vez, todas aquelas perguntas. No formulário que entregam no avião perguntava o endereço onde eu ia ficar hospedada, então coloquei o endereço do meu host em Auckland. E a conversa foi a seguinte:
- Quem mora em Takapuna?
- Um amigo. Na verdade to fazendo Couch Surfing.
- Tu conhece ele pessoalmente ou só pela internet?
- Só pela internet. (Cagada de medo já!)
- E tu não tem medo de ficar na casa de um desconhecido?
- Minha mãe fala a mesma coisa. Na verdade não, a gente se falou bastante antes, ele tem várias referências deixadas por outras pessoas que ficaram na casa dele, não acho que tenha problema.
- É, a Nova Zelândia é um país bastante seguro, não acho que tu vai ter problema não. Mas no Brasil não sei como seria... Sorte de quem ficar na tua casa. Takapuna é uma região legal. E ano novo, onde vai passar?
- Provavelmente em Taupo. Estou fazendo Kiwi Experience, então posso ficar em outro lugar antes. O que tu acha de Taupo? (a essas alturas já era melhor amiga do cara da Imigração! )
- Fulano (chamando o cara do outro guichê), tu já passou algum réveillon em Taupo? Vai ser bom sim, tu gosta de pescar?
- Não sou muito chegada não, mas me contento com a paisagem.
- Aproveita a tua viagem então!
Entrei! E descobri também que as pessoas da Imigração conhecem Couch Surfing, que dá pra falar nisso sem problemas. Aí já tava tranquila, peguei minha mala, quando ia passar pelo raio X, outra mulher me para e faz todas essas perguntas de novo, e dessa vez pediu pra ver minhas passagens. Mostrei as que tenho até então, ela viu que eu tava indo pra Australia e pediu inclusive minha passagem de saída da Australia, que eu ainda não comprei. Falei pra ela que vou ficar 2 meses na Australia, mas que ainda não comprei a saída porque não sei se devo sair de Darwin ou de Cairns, mas que com certeza não vou entrar na Australia sem ter a minha saída de lá. E usando a mesma tática já perguntei pra ela o que ela achava, se ela conhecia as duas cidades. Mais uma vez funcionou, me deu dicas e me liberou. Agora sim, definitivamente na Nova Zelândia!
Peguei o transfer até o centro e encontrei com o meu host que foi me buscar. Super simpático e solícito, já fez um tourzinho comigo antes de ir pra casa. Aí fomos pra praia de Takapuna, aproveitamos por uma hora mais ou menos e o tempo fechou. Saímos da praia e fomos então dar uma volta de bike por North Shore, a parte norte da cidade. Bem legal, tem muitos parques, ciclovias e muito morro, então não foi fácil a pedalada, ainda mais pra uma pessoa que não ta acostumada a andar de bicicleta como eu.
Thomas, a torre de Auckland, e eu. |
Quem tá cansada, eu? |
No final do dia, o tempo melhorou de novo e voltamos pra praia, e aí deu pra dormir um pouco e descansar da viagem, até o vento frio nos acordar.
Por enquanto, 2 coisas me chamaram atenção na cidade. A primeira é a confiança que se tem na pessoas . A casa do Thomas, onde estou ficando, está sempre com a porta aberta, eles não trancam nunca. Ele falou que não ia me dar a chave da casa porque não precisa, é só entrar quando quiser. Outra coisa que nunca tinha visto é o Self Check Out nos supermercados. Tem uma sessão com uns 6 caixas, onde cada um passa os códigos de barras dos produtos, paga e vai embora. Tem 1 pessoa só controlando isso. Imagina se isso ia funcionar no Brasil!
A segunda coisa é que nunca vou me acostumar com essa coisa de dirigir do lado contrário. Cada vez que ia entrar no carro do Thomas ia pro lado do motorista e ele me perguntava: Vai dirigir? Heheheh, me sentia muito atrapalhada. Porque isso não aconteceu uma vez só, mas todas, com exceção de uma que me concentrei muito pra ir pro lado certo. E pra atravessar a rua o melhor é olhar para os dois lados mesmo, na dúvida.
Amanhã começo Kiwi Experience, vamos ver como vai ser!
O que é Kiwi Experience. Passa o tempo todo só comento Kiwi? Se forem muitos dias enjoa... Claudia.
ResponderExcluirO que é Kiwi Experience?
ResponderExcluirAdorei as opiniões na imigração! hahaha, só tu!
ResponderExcluirFeliz Ano Novo!!! Beijão!
Explico no próximo post sobre Kiwi Experience. Assim que conseguir uma conexão boa para fazer download de fotos! Aqui em Taupo tá a manivela!
ResponderExcluir