quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Milford Sound

O tempo não ajudou muito, tava chuvoso, frio e com bastante neblina, mas valeu a visita de qualquer forma!






Estrada, voltando para Queenstown.

Estrada 2.

Estrada 3.

Wanaka e Queenstown

Se tivesse que mudar alguma coisa da minha viagem até agora, teria ficado 1 dia a menos em Franz Josef (no meu terceiro dia não consegui fazer quase nada porque choveu o dia inteiro) e uma noite a mais em Wanaka. Wanaka é a cidade mais barata que encontrei na ilha sul, tem um lago lindo e várias trilhas, que infelizmente não pude fazer porque não fiquei tempo suficiente pra isso. Mas aproveitei o lago, no dia em que cheguei tinha um sol lindo!



A cidade é bem parecida com Queenstown, porém menor e menos agitada. Deu pra descansar e recarregar as energias para o que me esperava em Queenstown.
Queenstown.
Cheguei em Queenstown 1 dia depois que o pessoal do meu ônibus. Foi bom reencontrar todo mundo novamente.
 
 
O albergue em que fiquei (Nomads) foi o melhor até agora. Tinha café da manhã de graça (pão, geléia, peanut butter, café e chá) e janta 5 vezes por semana. As porções eram pequenas, mas dava pra quebrar o galho.
 
Queenstown acabou sendo mais barata do que eu esperava. Sim, todas as atividades por lá são mais caras que nas outras cidades (rafting, skydive, bungy,...) mas tem sempre várias promoções de restaurantes e bares, vários drinks de graça, era só pesquisar para ver qual o melhor lugar para ir em cada dia da semana. Fiquei 5 noites na cidade e foi com certeza o lugar onde menos gastei. E um dos que mais gostei até agora.
A ponte.

Apreensão.

Alívio.
De todas as atividades, só fiz o Swing Navis, que é o maior do mundo. Achei que ia ser tranquilo porque já tinha feito um em Rotorua, mas não tem a menor comparação entre os dois! O swing fica no mesmo lugar que o bungy Navis, que é o mais alto da Nova Zelândia. A viagem até o local é de aproximadamente 1 hora. Fui dormindo no ônibus, de tão tranquila que tava. Chegando lá, o pavor começou a bater. Passei pela passarela que levava até a casinha onde se faz o swing e chegando lá minhas pernas tremiam sem parar. Podia sentir o meu coração saindo pela boca. Com certeza o maior pavor que já senti na vida. E quanto mais se pensa, pior vai ficando. Cheguei a pensar em desistir, o que achava que nunca faria depois de ter pago NZ$ 140 pelo swing. Mas pensei seriamente. Perguntei pra eles se podia desistir. Me falaram que eu já tinha pago, que não ia querer jogar dinheiro fora, e continuaram me amarrando. Aí me suspenderam do lado de fora da casinha e me perguntaram se eu estava pronta. Respondi que não. Foi a mesma coisa que não ter dito nada. Tarde demais! A queda livre de 70 metros é rápida demais, parece que é muito menos. É quando se começa a ir pra frente que é a parte mais legal. E depois fica balançando como um balanço gigante, e com uma vista linda! Muito bom! E a sensação de alívio e superação depois de ter feito é melhor ainda. Acho que é o que vale no fim. Saí do swing com vontade de fazer o bungy, cheia de coragem. 5 minutos depois já tinha desistido da ideia.

Nos outros dias, fiz algumas trilhas nos morros que cercam Queenstown. É bem fácil de achar trilhas pela Nova Zelândia, quase todas as cidades oferecem mapas nos albergues onde já indicam o tempo que se leva para fazer cada trilha e por onde se começa. Fiz uma de 30 minutos, outra de aproximadamente 2 horas e outra de 4 horas.
 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Novo ônibus, novos amigos, novos destinos

Saimos de Nelson em um ônibus diferente do nosso inicial. E esse atual é o que acabamos considerando o “nosso” ônibus. Todo mundo é legal, então por mais chato que seja o lugar a gente sempre acaba se divertindo.
Agora que estamos na ilha sul é difícil de dormir no ônibus durante a viagem, pois as paisagens são lindas demais, mas algumas cidades onde paramos até nossa chegada em Queenstown são absolutamente irrelevantes. Dormimos uma noite em Westport, mas só porque a viagem é muito longa. E na noite seguinte dormimos em Lake Mahinapua, que tem um lago bonito mas nada de imperdível (ou talvez eu esteja ficando mal acostumada).
Lake Rotoiti, estrada.

Pancake Rocks, entrada.

Punakaiki, estrada.

 Em Lake Mahinapua tivemos uma festa a fantasia, o tema da festa era “P”. Então tinha “Popeye”, “Pool”, “Prisioner”, “Prositute”, “Paris Hilton”, “Palm Tree”, “Present”,... Fui de “Power”.  Fiquei em quarto lugar e ganhei uma aula de Pole Dancing em Queenstown. Infelizmente não consegui fazer a aula quando estive por lá...
O lago.

A festa.

A vencedora. O premio para o primeiro lugar era o Bungy Navis, em Queenstown!

A primeira parada realmente interessante desde Nelson é Franz Josef. Por isso decidi ficar um dia a mais que o normal por lá, para fazer algumas trilhas. Em Franz Josef tem o Glaciar Franz Josef, que faz parte do Parque Nacional Westland, que é Patrimonio Historico Mundial. Fiz um tracking de meio-dia no glaciar, e apesar de ser muito mais fácil do que eu estava esperando, foi uma experiência diferente.
Franz Josef.

Glaciar Franz Josef.


Em perigo!




Nelson

No roteiro do Kiwi Experience se fica somente uma noite em Nelson, mas o recomendável, por mim, pelo menos, é ficar pelo menos 2, ou mais se possível. Fiquei 3. Eu, Eadaoin e May (a guria de Israel). Decidimos buscar um outro albergue por conta própria já que nosso grupo só ia ficar uma noite mesmo na cidade, e achamos o Bridge Street Backpackers. Mais barato que o albergue recomendado pelo motorista e com um quarto só pra nós 3. Bem mais simples mas também muito mais legal, com café, chá e leite (o que é luxo pra backpackers!) de graça! Bicicletas a disposição, sinuca, dardos,  e com alguma sorte janta e almoço também, porque tinha uns equatorianos morando no hostel temporariamente, trabalhando em um navio, e as vezes sobrava comida deles e o chef oferecia pra gente. Também não tinha nenhuma restrição em relação a bebidas como em todos os outros albergues, então a gente podia comprar e beber lá antes de sair.
Nelson é uma cidade bem bonitinha, pequena mas com um comerciozinho, e próxima ao parque nacional Abel Tasman, que é simplesmente indescritível! Fiz uma trilha de 23 quilômetros, a mais longa que já fiz até hoje na minha vida, acho. Tem trilhas de até 4 dias, e áreas para acampamento ou cabanas para se hospedar no meio do parque.
Anchorage, Abel Tasman.


The Water Hole, Abel Tasman.

Apple Tree Beach, Abel Tasman,



Todas as fotos tiradas no parque não são de minha autoria, pois minha câmera parou de funcionar no momento em que chegamos lá. Minhas fotos a partir de agora são tiradas com câmeras de quem estiver por perto. Espero resolver essa situação em Queenstown, porque até agora não achei uma loja descente pra comprar uma nova...

O melhor mapa do mundo!

Em Wellington, em um café para um atendente oriental que queria nos ajudar de qualquer forma:

- Por favor, onde há um centro de informações turísticas por aqui?
- Onde vocês querem ir?
- A um centro de informações turísticas.
- Sim, mas o que vocês estão procurando?
- A gente não sabe ainda, queríamos um mapa pra ver o que tem pra fazer na cidade.
- Ah, vocês podem ir no museu, no Mount Victoria, no zoológico,...
- Sim, mas a gente queria ver um mapa.
- Em qual desses lugares vocês querem ir? Eu mostro pra vocês onde fica.
(troca de olhares indecisos)
- Não sei, onde a gente pode fazer xerox de documentos, precisamos fazer isso antes de passear.
- Eu desenho um mapa pra vocês. Tem essa rua, aí tem essa outra, aqui uma praça...
(troca de olhares sendo evitada ao máximo a essas alturas! Fico e rio na cara ou saio correndo desse lugar sem explicar o que tá acontecendo? Não deu tempo de sair...)
- Quá quá quá quá... Muito obrigada pela sua ajuda, a gente acha o lugar. Podemos ficar com o mapa?
É pra lá que temos que ir!

Zoom no mapa.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2 dias em Wellington

03/01 21h (06h em Brasilia)
Chegamos ontem no final do dia em Wellington e foi estranha a sensação de entrar em uma cidade grande de novo. Wellington é a segunda maior cidade da Nova Zelândia, com aproximadamente 420 mil habitantes. É também o lugar com mais ventoso do país. Um pouco frio até, achei. O albergue é bem maior e mais cheio que os outros por onde passamos.
O triste foi descobrir que tanto no dia em que chegamos como no seguinte, ainda era feriado para eles, então a cidade tava bem vazia. Isso infelizmente influenciou na minha opinião sobre a cidade, gostei mais de Auckland do que de Wellington até agora. E de todas que visitei, Taupo ainda é minha preferida.
Hoje pela manhã subimos o Mount Victoria, de onde se tem uma vista legal da cidade. Lá também foram filmadas algumas cenas do Senhor dos Anéis, a parte em que os Hobbits se escondem na floresta.
A floresta e eu no balanço gigante.

Wellington.
A tarde, fomos no museu Te Papa, que é de graça e bem legal. Tem muita coisa nele que me lembrou o museu da PUC de Porto Alegre. Passei o dia com as irlandesas, meu último dia com duas delas. Elas estão com visto de trabalho na Irlanda e estão morando em Wellington, a partir de amanhã voltam a trabalhar.
Sharon, Emma, Eadaoin e eu, sobre o mapa da Nova Zelândia, apontando para o Mount Doom.

Amanhã pego o ferry pra ilha sul, e devo chegar em Nelson no meio da tarde. É um dos lugares que mais tenho vontade de conhecer na Nova Zelândia, vou passar 3 noites na cidade e em um dos dias quero ir pro Parque Nacional de Abel Tasman, fazer alguma trilha.

A caminho de Wellington

03/01
16:40 (01:40 em Brasilia)
Ou o ar condicionado desse ônibus é muito fraco, ou não tá funcionando mesmo. Tem feito muito calor todos os dias durante o dia, mas hoje tá realmente insuportável, daqueles dias que não dá nem pra deixar os braços do lado do corpo ou as pernas encostadas uma na outra que se começa a suar. O ônibus ta parado em um congestionamento, e ainda deve faltar pelo menos 1 hora de viagem... Depois de amanhã vou poder dizer se o problema era do ônibus ou não. Vou ficar 1 dia a mais em Wellington, e por isso hoje é o último dia nesse ônibus e com esse motorista.
Nessa ultima noite dormimos em River Valley. Não é um destino muito conhecido. Ficamos num hotel tipo hotel-fazenda, no meio do nada, mas na beira de um rio onde se pode fazer rafting. O quarto do hotel era na verdade um beliche gigante, então dormia todo mundo junto, um do lado do outro.

Foi bom ter parado em River Valley para descansar um pouco. A noite ficamos bebendo no bar do albergue e na manhã do dia seguinte ficamos na beira do rio tomando sol. Eu ainda tentei fazer uma trilha que fica do outro lado do rio, mas a terra tava úmida e a trilha era um pouco ingrime, então achei melhor voltar e não fazer nada mesmo. Mas antes atravessei algumas vezes de um lado pro outro do rio, por um carrinho voador que eles chamam de “Flying Fox”.
Atravessando o rio.

River Valley.

Taupo

01/01/11
17:10 (02:10 da manhã em Brasilia)
Tá, cheguei só ontem de tarde aqui e não posso falar muito, mas não tenho a menor vontade de ir embora! Muito bom ter vindo parar em Taupo pro Reveillon! Taupo é uma cidade na beira de um lago enorme, e tem cara e jeito de cidade de veraneio. Muitos bares, comércio, e o lago que é usado como praia. Aqui tem um Bungy famoso, é o mais alto bungy sobre água do mundo. Quem pula pode escolher se quer se molhar ou não.

Bungy em Taupo.


Cheguei ontem a tarde e fui caminhar com uma amiga irlandesa pela cidade. Fomos até o lago tomar um sol e depois viemos pro hostel pra nos arrumar pro Reveillon. Aparentemente ninguém tem tradição nenhuma por aqui ou pela Europa pro ano novo tirando os fogos de artificio. Nem sequer se vestir de branco! Descobri isso ontem conversando com a Eadaoin (a irlandesa,  o nome se pronuncia “Eidin”), ela achou tudo muito engraçado e se propôs a ir comigo até o lago pra pular as 7 ondas (quem não tem cão caça com gato!).

Lake Taupo.
Compramos vinho e champagne no supermercado e fomos pra um show que tava tendo no parque, junto com mais um pessoal que tá no ônibus com a gente.




Hoje de manhã acordei às 5h pra fazer uma das trilhas mais famosas da Nova Zelândia, Tongariro Alpine Crossing. Sorte que todos que estão no meu quarto estavam fazendo a trilha (somos em 4: eu, a Eadaoin, uma tcheca e um outro brasileiro), assim todos acordamos juntos e deu pra acender a luz e se arrumar tranquilamente. Dificil, depois da bebedeira e de ter ido dormir pelas 2h da manhã, mas botei minhas pernas no piloto automático e fui. Foram quase 20 quilometros de caminhada, o dia inteiro. Bastante, mas valeu a pena! Um bom início de ano, eu diria. Que continue sempre assim até o fim!
 
Inicio da trilha.

Mount Ngauruhoe, mais conhecido como Mount Doom.
Emerald Lakes.
Alguns pontos de neve no Mount Tongariro.
Team Hobbits! Eu, as irlandesas e o inglês.