Antes de vir para cá me falaram que 1 semana seria tempo demais. Bobagem! Uma semana é o tempo ideal para se ver tudo sem pressa, podendo parar para admirar cada canto da ilha e não perder nada devido as chuvas constantes. Chove bastante por aqui, mas são chuvas tropicais, o sol dificilmente some e assim quase sempre sai também um arco-iris.
Continuando de onde eu parei, os passeios anteriores tinha feito com um casal de escoceses que conheci no primeiro dia e com uma espanhola, que chegou no camping um dia depois de nós. Alugamos carro por dois dias e assim conhecemos grande parte da ilha. No dia seguinte, 3 chilenos de Ozorno que chegaram depois de nós nos chamaram para dividir o carro com eles, então foram os 3, eu e a espanhola para Poike, um canto da ilha que supostamente não se pode ir sem guia, mas achamos que não teria problema e fomos, planejando caminhar umas 3 horas para conhecer a região. Um outro chileno de Santiago que mora na ilha havia feito um mapa indicando tudo que se poderia ver nessa região: os 2 moais mais bem conservados de Rapa Nui, um moai pequeno, petroglifos, as cavernas das virgens e o Deus da chuva. Na entrada de Poike encontramos com um italiano e uma inglesa, que se uniram a nós na caminhada. O que era para durar 3 horas levou 7, e de tudo que tinha para ver por lá, encontramos somente cavalos, vacas, esqueletos de vacas e o deus da chuva.
De qualquer maneira, valeu a caminhada. Sempre vale. As paisagens são lindas, e de cima dos vulcões se tem a noção clara de que não tem nada em volta a milhas de distância.
Poike. E eu, admirando a vista. |
No dia seguinte, chovia horrores, mas assim que parou me levantei correndo e fui na missa, que haviam me recomendado. Cheguei nos 15 minutos finais, igreja lotada, não dava pra entrar. A missa é em espanhol, mas as músicas são todas em Rapa Nui. Bem animado, valeu a pena o esforço. Olha só o que tinha na porta de entrada da igreja:
Que tipo de presente é esse, hein? Certeza que não podiam dar nada melhor? |
Sai da missa e fui caminhar sozinha, para conhecer algumas cavernas que ainda não tinha visto. Fui em duas pela manhã e em mais uma, aí acompanhada por mais dois amigos, a tarde.
Cueva "Dos ventanas". |
Hoje, segunda-feira, acordei mais cedo e fui ver o nascer do sol novamente nos 15 moais. Um espanhol que estava no camping avisou a noite que ia no dia seguinte e tinha lugar no carro, aí achei que não podia perder a chance de ver eles novamente, vai saber se um dia vou voltar. De novo foi espetacular, tinha menos nuvens então deu pra ver o sol saindo por detrás deles.
Estou no aeroporto agora, com mais 7 pessoas que estavam no camping que também vão pegar o mesmo voo.
Coreano (não lembro o nome, os italianos Guido e Grazia, Judith (espanhola), os escoceses Kerr e Flora, Julia (alemã) e eu. |
Triste por ir, mas ainda vem muita coisa boa aí pela frente. Amanhã vou para San Pedro de Atacama, vamos ver o que me espera por lá!
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