Esse é meu quarto e último dia e não consegui escrever antes, por dois motivos: falta de tempo e cansaço. Toda energia que tinha na Ilha de Pascoa que saía sei lá de onde, para caminhar durante o dia inteiro e a noite ficar conversando com o pessoal até tarde no camping, me foi tirada aqui. A altitude mata. Me dá sono, dor de cabeça e falta de ar. Isso não significa que eu não esteja gostando, mas não conseguiria viver aqui jamais. O ar é super seco, de dia faz muito calor por causa do sol e a noite bastante frio. Se não fosse pela Rita que me emprestou botas e um casacão, não sei como sobreviveria aqui. Já fiz todos os principais passeios, os que eu mais gostei foram o de hoje e o do primeiro dia.
Eu, Vladimir e Yesith, amigo e vizinho. |
No primeiro dia, cheguei pela manhã em Calama, peguei ônibus até San Pedro (uma hora e meia de viagem, aproximadamente) e fui me encontrar com o Vlass, o colombiano que está me hospedando durante este tempo que estou aqui. Gente boa, me recebeu super bem e como trabalha em uma agência de turismo, já me ajudou também com os passeios e com tudo que tenho que fazer por aqui.
Depois, se passa pelos Ojos del Salar, que são como poços de água doce (ou menos salgadas), pra poder tirar o sal do corpo. Muito bonita as paisagens, com a cordilheira dos Andes ao fundo.
No dia seguinte pela manhã dei uma volta de bicicleta na cidade e a tarde fui no Vale de la Luna e Vale de la Muerte.
Vale de la Muerte, e eu com cabelo de Cebolinha na Pedra do Coiote. |
Vale de la Luna. |
A cidade é bonitinha, tem só 2 mil habitantes e é cheia de restaurantes e agências de turismo.
Ontem fui conhecer as lagunas altiplânicas e salar. Pela manhã visitei essas lagoas salgadas (Salar de Atacama) cheias de flamingos, e a tarde passei pela cidadezinha de Socaire (que foi importante antigamente devido as suas minas de ouro) e pelas lagunas Miscanti e Meñique. São parecidas entre si, antigamente eram uma lagoa só, mas foram divididas devido a uma erupção vulcânica. A Miscanti é a primeira que se vê, maior que a outra.
Alguns bichinhos do deserto. Gaivota, |
Zorro |
e Vicuña. |
Hoje fui no meu segundo passeio favorito, nos Geysers del Tatio. O ônibus passou às 4h da manhã pra me buscar para chegar nos geysers a tempo de ver eles em ação. São umas 2 horas de viagem, e um frio de -7º C. Os geysers são basicamente buracos no chão de onde saem vapores d’água que alcançam até 10 metros de altura. Eles saem a aproximadamente cada 10 minutos, e cada vapor tem a duração de uns 12 segundos.
Me aquecendo em um geyser. Frio de -7 graus! |
Geysers del Tatio. |
Hoje a noite vou fazer um tour pra ver as estrelas, parece ser legal, são vários telescópios no meio do deserto com uma aulinha sobre constelações. Depois conto como foi!
E por que Vlass, o colombiano, mora em uma cidade de 2.000 hab no meio do deserto? É a pergunta que não quer calar.
ResponderExcluirPorque tem gente que gosta e fica. Ele
ResponderExcluirtinha ido pra la pra passear, gostou e ficou!
po q legal isso ae.
ResponderExcluirdeserto d sal parece ser tão da hora.. olha essa foto aqui http://oviajantenatv.wordpress.com/author/zizoviajante/
na bolivia.. o chão chega a brilhar.. da hora! :)
Rômulo Madureira
rmfff@hotmail.com