terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Deserto do Atacama, último dia

17/12/2010, 15h (16h em Brasilia)

Esse é meu quarto e último dia e não consegui escrever antes, por dois motivos: falta de tempo e cansaço. Toda energia que tinha na Ilha de Pascoa que saía sei lá de onde, para caminhar durante o dia inteiro e a noite ficar conversando com o pessoal até tarde no camping, me foi tirada aqui. A altitude mata. Me dá sono, dor de cabeça e falta de ar. Isso não significa que eu não esteja gostando, mas não conseguiria viver aqui jamais. O ar é super seco, de dia faz muito calor por causa do sol e a noite bastante frio. Se não fosse pela Rita que me emprestou botas e um casacão, não sei como sobreviveria aqui. Já fiz todos os principais passeios, os que eu mais gostei foram o de hoje e o do primeiro dia.

Eu, Vladimir e Yesith, amigo e vizinho.
No primeiro dia, cheguei pela manhã em Calama, peguei ônibus até San Pedro (uma hora e meia de viagem, aproximadamente) e fui me encontrar com o Vlass, o colombiano que está me hospedando durante este tempo que estou aqui. Gente boa, me recebeu super bem e como trabalha em uma agência de turismo, já me ajudou também com os passeios e com tudo que tenho que fazer por aqui.


A tarde fui na laguna Cejar, uma lagoa que contém 30% de sal, só perdendo em quantidade para o Mar Morto (que tem aproximadamente 40%). A água não é muito fria, dá pra ficar boiando e depois que se sai e a água evapora, o corpo fica todo branco e o cabelo duro de sal.




Depois, se passa pelos Ojos del Salar, que são como poços de água doce (ou menos salgadas), pra poder tirar o sal do corpo. Muito bonita as paisagens, com a cordilheira dos Andes ao fundo.


No dia seguinte pela manhã dei uma volta de bicicleta na cidade e a tarde fui no Vale de la Luna e Vale de la Muerte.

Vale de la Muerte, e eu com cabelo de Cebolinha na Pedra do Coiote.

Vale de la Luna.

A cidade é bonitinha, tem só 2 mil habitantes e é cheia de restaurantes e agências de turismo.  





Ontem fui conhecer as lagunas altiplânicas e salar. Pela manhã visitei essas lagoas salgadas (Salar de Atacama) cheias de flamingos, e a tarde passei pela cidadezinha de Socaire (que foi importante antigamente devido as suas minas de ouro) e pelas lagunas Miscanti e Meñique. São parecidas entre si, antigamente eram uma lagoa só, mas foram divididas devido a uma erupção vulcânica. A Miscanti é a primeira que se vê, maior que a outra.



Alguns bichinhos do deserto. Gaivota,

Zorro

e Vicuña.

Hoje fui no meu segundo passeio favorito, nos Geysers del Tatio. O ônibus passou às 4h da manhã pra me buscar para chegar nos geysers a tempo de ver eles em ação. São umas 2 horas de viagem, e um frio de -7º C. Os geysers são basicamente buracos no chão de onde saem vapores d’água que alcançam até 10 metros de altura. Eles saem a aproximadamente cada 10 minutos, e cada vapor tem a duração de uns 12 segundos.

Me aquecendo em um geyser. Frio de -7 graus!

Geysers del Tatio.



















Hoje a noite vou fazer um tour pra ver as estrelas, parece ser legal, são vários telescópios no meio do deserto com uma aulinha sobre constelações. Depois conto como foi!

3 comentários:

  1. E por que Vlass, o colombiano, mora em uma cidade de 2.000 hab no meio do deserto? É a pergunta que não quer calar.

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  2. Porque tem gente que gosta e fica. Ele
    tinha ido pra la pra passear, gostou e ficou!

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  3. Rômulo Madureiraabril 11, 2011

    po q legal isso ae.

    deserto d sal parece ser tão da hora.. olha essa foto aqui http://oviajantenatv.wordpress.com/author/zizoviajante/

    na bolivia.. o chão chega a brilhar.. da hora! :)

    Rômulo Madureira
    rmfff@hotmail.com

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