terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Na Nova Zelândia

27/12, 21h30 (06h30 em Brasilia)
O voo foi tranquilo apesar de estar cheio. 13h de voo, consegui dormir um pouco e assistir a um filme. Chegando em Auckland, veio o medinho da Imigração. Nunca tinha tido problema com isso, até o ano passado, quando me mandaram pra salinha nos EUA e na Australia me pegaram 2 vezes pra fazer várias perguntas. Enfim, é sempre uma apreensão, ainda mais viajando do jeito que estou, sem tempo certo para ficar em cada lugar. Deixei os cachorros me cheirarem (aqui eles tem isso antes de entrar na fila, pra ver se ninguém tem nada escondido) e entrei na fila da Imigração. Só depois me dei conta de que estava na mais demorada, o cara sério e enchendo todos de perguntas. Fazer o que, trocar de fila ia ser pior. Chegando a minha vez, todas aquelas perguntas. No formulário que entregam no avião perguntava o endereço onde eu ia ficar hospedada, então coloquei o endereço do meu host em Auckland. E a conversa foi a seguinte:
- Quem mora em Takapuna?
- Um amigo. Na verdade to fazendo Couch Surfing.
- Tu conhece ele pessoalmente ou só pela internet?
- Só pela internet. (Cagada de medo já!)
- E tu não tem medo de ficar na casa de um desconhecido?
- Minha mãe fala a mesma coisa. Na verdade não, a gente se falou bastante antes, ele tem várias referências deixadas por outras pessoas que ficaram na casa dele, não acho que tenha problema.
- É, a Nova Zelândia é um país bastante seguro, não acho que tu vai ter problema não. Mas no Brasil não sei como seria... Sorte de quem ficar na tua casa. Takapuna é uma região legal. E ano novo, onde vai passar?
- Provavelmente em Taupo. Estou fazendo Kiwi Experience, então posso ficar em outro lugar antes. O que tu acha de Taupo? (a essas alturas já era melhor amiga do cara da Imigração! )
- Fulano (chamando o cara do outro guichê), tu já passou algum réveillon em Taupo? Vai ser bom sim, tu gosta de pescar?
- Não sou muito chegada não, mas me contento com a paisagem.
- Aproveita a tua viagem então!
Entrei! E descobri também que as pessoas da Imigração conhecem Couch Surfing, que dá pra falar nisso sem problemas. Aí já tava tranquila, peguei minha mala, quando ia passar pelo raio X, outra mulher me para e faz todas essas perguntas de novo, e dessa vez pediu pra ver minhas passagens. Mostrei as que tenho até então, ela viu que eu tava indo pra Australia e pediu inclusive minha passagem de saída da Australia, que eu ainda não comprei.  Falei pra ela que vou ficar 2 meses na Australia, mas que ainda não comprei a saída porque não sei se devo sair de Darwin ou de Cairns, mas que com certeza não vou entrar na Australia sem ter a minha saída de lá. E usando a mesma tática já perguntei pra ela o que ela achava, se ela conhecia as duas cidades.  Mais uma vez funcionou, me deu dicas e me liberou. Agora sim, definitivamente na Nova Zelândia!
Peguei o transfer até o centro e encontrei com o meu host que foi me buscar. Super simpático e solícito, já fez um tourzinho comigo antes de ir pra casa. Aí fomos pra praia de Takapuna, aproveitamos por uma hora mais ou menos e o tempo fechou.  Saímos da praia e fomos então dar uma volta de bike por North Shore, a parte norte da cidade. Bem legal, tem muitos parques, ciclovias e muito morro, então não foi fácil a pedalada, ainda mais pra uma pessoa que não ta acostumada a andar de bicicleta como eu.

Thomas, a torre de Auckland, e eu.


Quem tá cansada, eu?


No final do dia, o tempo melhorou de novo e voltamos pra praia, e aí deu pra dormir um pouco e descansar da viagem, até o vento frio nos acordar.

Por enquanto, 2 coisas me chamaram atenção na cidade. A primeira é a confiança que se tem na pessoas . A casa do Thomas, onde estou ficando, está sempre com a porta aberta, eles não trancam nunca. Ele falou que não ia me dar a chave da casa porque não precisa, é só entrar quando quiser. Outra coisa que nunca tinha visto é o Self Check Out nos supermercados. Tem uma sessão com uns 6 caixas, onde cada um passa os códigos de barras dos produtos, paga e vai embora. Tem 1 pessoa só controlando isso. Imagina se isso ia funcionar no Brasil!

A segunda coisa é que nunca vou me acostumar com essa coisa de dirigir do lado contrário. Cada vez que ia entrar no carro do Thomas ia pro lado do motorista e ele me perguntava: Vai dirigir? Heheheh, me sentia muito atrapalhada. Porque isso não aconteceu uma vez só, mas todas, com exceção de uma que me concentrei muito pra ir pro lado certo. E  pra atravessar a rua o melhor é olhar para os dois lados mesmo, na dúvida.
Amanhã começo Kiwi Experience, vamos ver como vai ser!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Santiago está longe de ter o mesmo clima natalino que vemos no Brasil. São poucos os enfeites se compararmos com a overdose de luzinhas e papais noéis que temos. Músicas de Natal então, não ouvi em nenhum lugar até agora.

Hoje lembrei que era Natal. Quando fui descer do ônibus, arrisquei um "Feliz Navidad" ao motorista. Ele ficou tão contente! E consequentemente, eu também. Acho que isso realmente não é comum por aqui.

Feliz Natal a todos! Aproveitem bem com suas famílias se estiverem perto, ou lembrando dela se estiverem longe. É o que vou fazer hoje!

A novela da mochila

No post anterior comentei sobre a minha mochila nova, que chegou do Atacama com a alça arrebentada. Bueno, na segunda-feira fui levar a mochila pra arrumar. Me falaram que era fácil, que ficava pronto no dia seguinte já, que era só passar pra buscar. Não fui na terça buscar, dei um tempo a mais para não acontecer de chegar e não estar pronto. Ontem liguei avisando que ia buscar, e o que aconteceu? Não estava pronto, lógico! Falaram que o prazo normal é de 15 dias, sendo que no papel que me deram falava que podia buscar no dia seguinte. Expliquei minha situação de novo, que estou indo viajar e que não podiam mudar o prazo dessa forma. Então me falaram que hoje de manhã podia passar para buscar que iam aprontar.

Os serviços em Santiago não funcionam muito bem, o atendimento aparentemente é bom, pois são todos muito simpáticos, mas não é de fato eficiente. Nos restaurantes, por exemplo, os garçons nunca anotam os pedidos, e claro que acabam esquecendo de trazer algumas coisas. Mas enfim, ontem me alertaram para antes de ir lá buscar a mochila, ligar para confirmar que realmente estava pronta.

Hoje de manhã acordei cedo, às 10h que é o horário que eles abrem liguei e me falaram que já estava pronto. Nem acreditei! Peguei o ônibus, desci no ponto do Mall Alto Las Condes e fui na loja. Chegando lá, o que me dizem?

- A Sra. precisa para hoje? Podemos entregar amanhã ou semana que vem.

- Não! Vocês não estão entendendo! Liguei pra cá e me confirmaram que estava pronto, fiz a descrição da mochila e me falaram que estava aqui, como agora não está? Viajo amanhã, preciso dela hoje pra arrumar minhas coisas! E não tenho mais como voltar aqui.

- Não tem problema senhora, entregamos no seu endereço. Até que horas a Sra. precisa? Quanto maior o prazo que nos der, melhor!

- Preciso de no máximo até às 14h!

Saí dali com vontade de chorar de raiva, e já pensando como ia fazer pra receber, porque não iam me entregar até às 14h, certo! Dei uns 20 passos e toca meu telefone:

- Sra., acabamos de receber a sua mochila, a Sra. pode voltar para retirar?


Eu e ela!

Ufa! Foi meu presente de Natal não ter que ficar preocupada o dia inteiro com isso hoje! Mala na mão, agora é só fazer uma nova seleção do que vai e do que fica e botar tudo dentro. Não ficou tão bom como era originalmente, mas melhor do que nada. A partir de amanhã, seremos só nós duas pela estrada, do outro lado do mundo. :)


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Back to Santiago!

16h (17h em Brasilia)

Não tinha postado nada antes sobre Santiago, mas foi por aqui que minha viagem começou. Estou ficando na casa da Rita, minha amiga e colega de colégio desde os 5 anos de idade. Ela mora em Las Condes, numa região super boa da cidade. Tem sido minha base no Chile pra ir pros outros cantos do país.



Las Condes.
Santiago fica aos pés da cordilheira dos Andes, o que dá uma beleza especial a cidade. É grande, tranquila e bastante limpa comparando com outras cidades que conheço da América Latina. Me sinto segura andando por aqui, e acho que realmente é! Moraria aqui facilmente.

Bom, no sábado voltei pra cá. Meu voo foi bom (a Lan, em voos curtos, ao invés de servir barrinha de cereal como no Brasil, serve alfajor Havana! :) Tri bom!), mas minha mochila nova que comprei pra viagem chegou com uma alça arrebentada. Saco! Fui falar com a cia. aérea e me ofereceram 15 dólares pra compensar. Claro que não aceitei, não dá pra arrumar com 15 dólares, e consegui um voucher pra levar a mochila até o local do concerto, que também fica em Las Condes, e tentar com eles um prazo mais rápido de entrega (já vou pra Nova Zelândia no dia 25, não podia demorar muito pra ficar pronta). Ontem levei lá e fica pronto amanhã, então no fim acho que vai dar tudo certo.

Cheguei em Santiago no mesmo horário que mais duas amigas da Rita, que vieram de férias, passar 4 dias. Anteontem fomos conhecer Valparaíso e Viña del Mar, já tinha ido a uns anos atrás mas não lembrava direito. Valeu a pena ter ido de novo! Em Valparaiso, fomos conhecer "La Sebastiana", a casa do poeta Pablo Neruda, e em Viña aproveitamos um pouco a praia (apesar do vento frio!).

Valparaiso.

Viña del Mar. Rita, eu, Kalinca e Larissa.

Deserto do Atacama, último dia

17/12/2010, 15h (16h em Brasilia)

Esse é meu quarto e último dia e não consegui escrever antes, por dois motivos: falta de tempo e cansaço. Toda energia que tinha na Ilha de Pascoa que saía sei lá de onde, para caminhar durante o dia inteiro e a noite ficar conversando com o pessoal até tarde no camping, me foi tirada aqui. A altitude mata. Me dá sono, dor de cabeça e falta de ar. Isso não significa que eu não esteja gostando, mas não conseguiria viver aqui jamais. O ar é super seco, de dia faz muito calor por causa do sol e a noite bastante frio. Se não fosse pela Rita que me emprestou botas e um casacão, não sei como sobreviveria aqui. Já fiz todos os principais passeios, os que eu mais gostei foram o de hoje e o do primeiro dia.

Eu, Vladimir e Yesith, amigo e vizinho.
No primeiro dia, cheguei pela manhã em Calama, peguei ônibus até San Pedro (uma hora e meia de viagem, aproximadamente) e fui me encontrar com o Vlass, o colombiano que está me hospedando durante este tempo que estou aqui. Gente boa, me recebeu super bem e como trabalha em uma agência de turismo, já me ajudou também com os passeios e com tudo que tenho que fazer por aqui.


A tarde fui na laguna Cejar, uma lagoa que contém 30% de sal, só perdendo em quantidade para o Mar Morto (que tem aproximadamente 40%). A água não é muito fria, dá pra ficar boiando e depois que se sai e a água evapora, o corpo fica todo branco e o cabelo duro de sal.




Depois, se passa pelos Ojos del Salar, que são como poços de água doce (ou menos salgadas), pra poder tirar o sal do corpo. Muito bonita as paisagens, com a cordilheira dos Andes ao fundo.


No dia seguinte pela manhã dei uma volta de bicicleta na cidade e a tarde fui no Vale de la Luna e Vale de la Muerte.

Vale de la Muerte, e eu com cabelo de Cebolinha na Pedra do Coiote.

Vale de la Luna.

A cidade é bonitinha, tem só 2 mil habitantes e é cheia de restaurantes e agências de turismo.  





Ontem fui conhecer as lagunas altiplânicas e salar. Pela manhã visitei essas lagoas salgadas (Salar de Atacama) cheias de flamingos, e a tarde passei pela cidadezinha de Socaire (que foi importante antigamente devido as suas minas de ouro) e pelas lagunas Miscanti e Meñique. São parecidas entre si, antigamente eram uma lagoa só, mas foram divididas devido a uma erupção vulcânica. A Miscanti é a primeira que se vê, maior que a outra.



Alguns bichinhos do deserto. Gaivota,

Zorro

e Vicuña.

Hoje fui no meu segundo passeio favorito, nos Geysers del Tatio. O ônibus passou às 4h da manhã pra me buscar para chegar nos geysers a tempo de ver eles em ação. São umas 2 horas de viagem, e um frio de -7º C. Os geysers são basicamente buracos no chão de onde saem vapores d’água que alcançam até 10 metros de altura. Eles saem a aproximadamente cada 10 minutos, e cada vapor tem a duração de uns 12 segundos.

Me aquecendo em um geyser. Frio de -7 graus!

Geysers del Tatio.



















Hoje a noite vou fazer um tour pra ver as estrelas, parece ser legal, são vários telescópios no meio do deserto com uma aulinha sobre constelações. Depois conto como foi!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dicas Ilha de Pascoa

·         Leve dinheiro. A maior parte dos estabelecimentos não aceita cartão, os que aceitam cobram taxa adicional sobre a venda. Não precisei sacar dinheiro, mas ouvi falar que só se consegue sacar por lá com Mastercard.
·         Leve comida. Os mercados e restaurantes de lá são todos muito caros, então se você for ficar em albergue ou camping, o ideal é já fazer um rancho antes em Santiago para não ter que comprar lá.
·         Se tiver que comprar alguma coisa, às 7h30 da manhã, na rua principal, perto do mercado de artesanato, é montada uma feira com legumes, frutas, verduras e peixe. O peixe é bem fresco, e não muito caro. Foi o que mais comi enquanto estava por lá. Pra quem tiver paciência e equipamento, pode-se tentar pescar o seu próprio também.
·         A água da torneira é própria para consumo, mas tem gosto ruim. Pra disfarçar, o melhor é levar (ou comprar) suco em pó. O gosto some todinho.
·         Os animais na ilha não sabem conviver com humanos. Os cavalos muitas vezes se atiram na frente dos carros, por isso tem que dirigir com precaução (um taxista me disse que eles fazem isso devido a uma erva que comem, que os deixa meio chapados). Os cachorros sempre querem acompanhar qualquer pessoa que esteja caminhando, mas eles não andam do lado, andam em cima dos nossos pés. Como são muitos, ficam disputando o espaço e acabam brigando em cima da gente. Aprendi depois de uns dias que quando eles começarem a se aproximar pra te acompanhar, é só dizer um “Sai!” firme, em qualquer língua, que eles se afastam. Vão continuar acompanhando a caminhada, mas de longe, assim em caso de briga só eles se machucam.
·         Apesar da distância, a Ilha de Pascoa pertence ao Chile, por isso não há carimbo de entrada no passaporte. Porém, como eles são muito legais, criaram um carimbo próprio, que pode ser conseguido gratuitamente levando o passaporte até os correios (na rua da igreja, perto da quadra de futebol).


Olhaí que bonitinho o carimbo no meu passaporte!
·         Leve protetor solar (muito!), tênis, mochila pras caminhadas, lanterna pras cavernas, roupa de calor para o dia e um casaquinho para a noite nos meses de verão (os mesmos meses do Brasil). No inverno, não faço a menor ideia de como seja, pesquisem!

Últimos dias na Ilha

13/12/2010, 11h30 (14h30 horário de Brasilia)

Antes de vir para cá me falaram que 1 semana seria tempo demais. Bobagem! Uma semana é o tempo ideal para se ver tudo sem pressa, podendo parar para admirar cada canto da ilha e não perder nada devido as chuvas constantes. Chove bastante por aqui, mas são chuvas tropicais, o sol dificilmente some e assim quase sempre sai também um arco-iris.

Continuando de onde eu parei, os passeios anteriores tinha feito com um casal de escoceses que conheci no primeiro dia e com uma espanhola, que chegou no camping um dia depois de nós. Alugamos carro por dois dias e assim conhecemos grande parte da ilha. No dia seguinte, 3 chilenos de Ozorno que chegaram depois de nós nos chamaram para dividir o carro com eles, então foram os 3, eu e a espanhola para Poike, um canto da ilha que supostamente não se pode ir sem guia, mas achamos que não teria problema e fomos, planejando caminhar umas 3 horas para conhecer a região. Um outro chileno de Santiago que mora na ilha havia feito um mapa indicando tudo que se poderia ver nessa região: os 2 moais mais bem conservados de Rapa Nui, um moai pequeno, petroglifos, as cavernas das virgens e o Deus da chuva. Na entrada de Poike encontramos com um italiano e uma inglesa, que se uniram a nós na caminhada. O que era para durar 3 horas levou 7, e de tudo que tinha para ver por lá, encontramos somente cavalos, vacas, esqueletos de vacas e o deus da chuva.



De qualquer maneira, valeu a caminhada. Sempre vale. As paisagens são lindas, e de cima dos vulcões se tem a noção clara de que não tem nada em volta a milhas de distância.

Poike. E eu, admirando a vista.


 No dia seguinte, chovia horrores, mas assim que parou me levantei correndo e fui na missa, que haviam me recomendado. Cheguei nos 15 minutos finais, igreja lotada, não dava pra entrar. A missa é em espanhol, mas as músicas são todas em Rapa Nui. Bem animado, valeu a pena o esforço. Olha só o que tinha na porta de entrada da igreja:

Que tipo de presente é esse, hein? Certeza que não podiam dar nada melhor?

Sai da missa e fui caminhar sozinha, para conhecer algumas cavernas que ainda não tinha visto. Fui em duas pela manhã e em mais uma, aí acompanhada por mais dois amigos, a tarde.

Cueva "Dos ventanas".

Hoje, segunda-feira, acordei mais cedo e fui ver o nascer do sol novamente nos 15 moais. Um espanhol que estava no camping avisou a noite que ia no dia seguinte e tinha lugar no carro, aí achei que não podia perder a chance de ver eles novamente, vai saber se um dia vou voltar. De novo foi espetacular, tinha menos nuvens então deu pra ver o sol saindo por detrás deles.


Estou no aeroporto agora, com mais 7 pessoas que estavam no camping que também vão pegar o mesmo voo.

Coreano (não lembro o nome, os italianos Guido e Grazia, Judith (espanhola), os escoceses Kerr e Flora, Julia (alemã) e eu.

Triste por ir, mas ainda vem muita coisa boa aí pela frente. Amanhã vou para San Pedro de Atacama, vamos ver o que me espera por lá!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vulcões, praias e moais

13:30 (16:30 em Brasilia)

Hoje é meu quarto dia aqui na ilha, o primeiro dia que tenho mais tempo livre e que chove. To até achando bom, porque quero dar uma dormida agora a tarde e assim dá pra encarar a barraca, que não fica na sombra. Acordamos cedo hoje (às 5h) para ver o nascer do sol por detrás dos moais de Tongariki, os mais famosos. Lindo, lindo!


Os 15 moais, Tongariki.
 É a segunda vez que vamos até lá, mas não dá pra cansar de olhar pra eles. Arrisco até a dizer que me impressionaram mais do que as 3 grandes pirâmides do Egito, cada um de um tamanho diferente, com uma cara diferente. Deve existir alguma razão pra isso, mas pouco se sabem sobre eles, devido as diversas invasões que a ilha já sofreu e a dizimação dos rapa nui. Uma pena. Fica a curiosidade, e que cada um crie sua própria teoria. Pela quantidade de moais que eu já vi até agora, a minha é a de que eles queriam cercar toda a ilha com eles, como uma forma de proteção. Além dos moais de pé, tem centenas tombados (derrubados em batalhas entre tribos), muito inacabados ainda encravados na pedra e outros prontos mas que nunca foram levados aos seus destinos certos. A fábrica de moais se chama Rano Raraku, um vulcão extinto. Olhando de longe, parece que os moais estão descendo o vulcão, e dá a impressão de que a qualquer hora vão sair da terra.


Os moais descendo a ladeira.
 Outro vulcão legal que fomos no primeiro dia é o Rano Kau. Meu primeiro vulcão, nunca tinha visto um antes! Chegamos até ele por uma trilha, 1h30 mais ou menos de caminhada. Dentro dele tem um lago de água doce, o que faz com que ele seja mais bonito que os outros que vi aqui na ilha, além de ter uma cratera enorme!


Eu no vulcão.

E concluindo o post resumido, aí vai uma fotinho da praia de Anakena, a mais bonita daqui. O mar é super azul, dá pra ver os peixinhos no fundo, e a água tem a temperatura ideal pro clima daqui.


Entrada da praia de Anakena.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ilha de Páscoa: Cheguei!!!

Ilha de Pascoa, 9h (12h em Brasilia)

Indescritível a sensação de chegar na Ilha de Pascoa, de saber que se está no lugar habitado mais isolado do mundo! Quer dizer, se a ilha afundar, não tem pra onde nadar em volta. São 5 horas e meia de voo de Santiago a Rapa Nui (nome polinésio da Ilha), do avião se vê um pequeno pedaço de terra, com três vulcões, um em cada ponta do triângulo, e pouquíssimas casas concentradas próximas a um deles. São só 4.200 habitantes. O aeroporto são só 2 pistas, e ao descer já se sente o cheiro de mato que tem por toda parte.


No aeroporto da Ilha de Pascoa, chegando.

Os hotéis e albergues estão todos lá esperando, com colares de flores, pra recepcionar os turistas e levar até seus estabelecimentos. Estou ficando em um camping, e na van já conheci o pessoal que estava vindo pra cá também: um casal de italianos, um de escoceses, uma alemã e um cara da Etiópia. Todos viajando assim como eu, mas por períodos maiores. Passei o dia com os escoceses, e já combinamos de alugar carro juntos para conhecer a ilha (em três, é mais barato do que alugar uma bicicleta pra cada um). Ontem como chegamos a tarde não dava tempo de fazer muita coisa, então demos uma caminhada aqui por perto, fomos a uma pequena prainha e vimos muitos moais. Achei que só fosse encontrar aqueles 15 enfileirados, que se vê nos cartões postais, mas eles estão espalhados por toda a ilha!


Camping, na beira do mar. A casa no fundo é onde fica a cozinha.

O camping é bem legal. Apesar de não ter nenhuma sombra e as barracas ficarem todas no sol, como está na beira do mar venta bastante, e a noite dá até pra se cobrir. Não precisa ter barraca pra ficar aqui, eles alugam a barraca com colchão e saco de dormir. Eu acabei comprando um pra mim, porque achei mais higiênico e porque material de acampamento é barato demais em Santiago (o saco de dormir me custou aproximadamente R$ 23,00). Tem uma cozinha comunitária bem limpinha e organizada. Tem que tirar o sapato pra entrar e cada um tem um armário com chave, com um prato raso, um de sopa e uma caneca. Em todas as peças tem gravado o número do armário, assim se alguém deixar algo sujo na pia dá pra saber quem foi.

Planos de conhecer toda a ilha durante minha estada aqui, começando agora! Vou conhecer o primeiro vulcão, Orongo. Quando der posto umas fotos!