domingo, 19 de junho de 2011

Nas corredeiras do Mekong

Os 150 quilômetros entre Vientiane e Vang Vieng levaram aproximadamente 4 horas e meia para serem percorridos. Poderia ter sido uma tortura, se a paisagem não fosse tão bonita! Já tinha ouvido falar da beleza das estradas do Laos, e ainda assim me surpreendi: são vales e montanhas que não acabam mais!
Estrada.



Tudo que sabia sobre o lugar é que é cheio de turistas que vão lá pra encher a cara descendo as corredeiras do rio Mekong sentados em pneus e parando de bar em bar no caminho. Vang Vieng tem muito mais do que isso! Tem cavernas, cachoeiras, lagos e claro, as corredeiras. Outra peculiaridade do lugar é que todos os bares, mas todos mesmo sem exceção, passam Friends ou Family Guy na tv. Cheguei a Vang Vieng com a intenção de passar só 1 dia, mas acabei ficando 2 e meio. E poderia ter ficado mais, devido as pessoas que conheci e a outros que reencontrei!



Fiz o tubing com a Lisa, uma alemã que conheci em Java. Foi super legal ter alguém que já conhecia comigo, nos divertimos muito ajudando a encher um bar que tava vazio quando chegamos, chamando os turistas e organizando jogos pra animar – e claro, bebendo de graça pelo apoio!

Lisa e eu, prontas pra começar!

Bear pong!

Tubing.

E foi em Vang Vieng que conheci, dentro de uma caverna, o primeiro brasileiro viajando assim como eu. Que por coincidência é um dos melhores amigos do João, que foi meu roommate em Montreal em 2001. Quais as chances?

Em sentido horário, eu, Paul e Renato, dentro da caverna.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Laos, 40 graus!

Cheguei a Vientiane ainda pela manhã, mas com um sol de meio-dia. O contraste entre Hanói e a capital do Laos não podia ser maior: Vientiane é bem menor, mais limpa, menos motos, muito mais calma. A sensação de paz que se sente é indescritível. E menciono isso porque estava meio preocupada em chegar no Laos e ser tudo muito devagar, como mencionam nos guias. Estou com meu tempo contado, a possibilidade de atrasos ou cancelamentos já estava me deixando nervosa e preocupação e correria é tudo o que menos quero nessa viagem. Mas a maneira como o povo fala com os turistas, sempre com um sorriso no rosto, acalma qualquer cabeça quente.

Durante o voo, decidi fazer uma semi programação do meu tempo no país, e por isso cheguei sabendo que ia ficar só um dia na cidade. Almocei um prato de noodles, com a minha primeira Beer Lao para acompanhar, e fui checar o Buddha Park.

Cerveja local, pra refrescar no insuportável calor de Vientiane!


Nunca tinha ouvido falar do lugar, fica meio distante do centro da cidade até, mas vi a descrição no Lonely Planet e decidi arriscar a ida. No ônibus conheci um alemão que também estava indo para o mesmo lugar e que veio a Vientiane só para ver esse parque, depois de assistir a um documentário na televisão. O parque não decepcionou: são vários budas, em diferentes posições e formatos.

Os budas do Buddha Park.


Como o deslocamento até o parque me tomou bastante tempo e tudo fecha cedo, acabei não conseguindo ver muito mais do que isso, a não ser alguns templos e prédios por fora. Então voltei para o hotel e fiquei conversando com o pessoal da recepção. É preciso abrir um parênteses pra diferenciar o povo do Laos pro do Vietnam. Os vietnamitas são super simpáticos, mas por estarem cercados de países ainda mais simpáticos que eles, acabaram levando a fama de não serem tão legais. Os vietnamitas não puxam muito assunto e conversam somente o necessário. O povo do Laos é mais interessado e pergunta mais sobre a vida da gente.

Mas voltando à recepção, conversando com eles comentei que estava indo jantar na feira noturna. “Muito caro!”, eles me falaram.

- Como assim muito caro se no meu guia indicam esse lugar como uma opção barata pra jantar? Onde é barato então?

- Tem um restaurante, na beira do rio, onde eu como todos os dias, que custa 20.000 Kip (o equivalente a 4 reais) e se pode comer a vontade – carne, salada, sobremesa,... Se quiser a gente pode ir lá.

- Então tá, que horas tu sai pra jantar?

- Sério?

- Sim, tu não me convidou?

Então às 20h fomos no tal do restaurante. Não sei se teria pagado a mesma coisa se tivesse ido sozinha – na maior parte do sudeste asiático, os preços são diferentes pra locais e turistas. Mas com certeza não teria entendido o esquema nem conseguido me comunicar com ninguém. O restaurante funcionava da seguinte forma: a gente vai até o buffet, se serve de carne (ainda cruas) e vegetais. Além disso, claro que eles têm arroz, noodles (vulgo “miojo”), e algumas outras coisas não identificáveis. Depois de se servir, se volta para a mesa onde eles colocam uma panela no buraco que fica no centro, cheia de carvão, e uma chapa em cima pra se assar a carne e cozinhar os vegetais. Foi de longe o melhor custo benefício  encontrado até agora!

Chapa: carne no meio assando e legumes ao redor cozinhando.

Nós jantando.

No dia seguinte pela manhã, deixei Vientiane e segui rumo a Vang Vieng. Planos de ficar 1 dia para experimentar o tubing e depois seguir viagem!

domingo, 15 de maio de 2011

Halong Bay

É o principal tour vendido em Hanói pelas agências de viagem. Cada uma oferece por um preço diferente, e dizem que o tipo de barco varia também. Decidi que faria no mais barato possível, porque na verdade o que importava pra mim era ver Halong Bay, e não o barco em si. E fiz a escolha certa. Paguei 30 dólares pelo tour, enquanto no mesmo barco que eu quem pagou mais barato pagou 55 dólares. Bom, comecei descrevendo isso não porque sou pão-dura (já melhorei bastante nesse aspecto!), mas porque acho que é uma dica boa para quem quer conhecer o lugar, não se iludir achando que pagando mais vai ser melhor. Mas vamos a Halong Bay.

É um destino obrigatório no Vietnam, mas com muitos muitos muitos turistas. E que requer bastante paciência também. Primeiro que os ônibus nunca saem de Hanoi no horário. Até chegar todo mundo, organizar quem vai em cada ônibus, só esse processo leva uma hora mais ou menos. A viagem é longa, umas 3 horas e meia, mas levou mais pelo fato de ser feriadão no Vietnam. Chegando em Halong City, no porto, vai mais uma hora e meia a mais organizando quem vai pra cada barco. São todos muito parecidos, então não importa muito em qual se vai ficar. Importa mais com quem te colocam. E eles separam ocidentais de orientais. Todos demonstraram alívio quando isso foi feito, mas percebi uma pontinha de inveja quando à noite, depois da janta, sentamos no deck pra conversar enquanto os barcos dos orientais seguiam animadíssimos com karaokê até altas horas.

O tour pode ser feito de 1 até 9 dias. Geralmente se faz em 2 ou 3. O meu era de 2 dias, com uma noite no barco. Há paradas pra visitar cavernas, passear em barcos menores e ir em locais onde só eles conseguem entrar, e andar de caiaque. A paisagem é realmente muito bonita, e mesmo já tendo visto tanta coisa desde que saí do Brasil ainda assim consigo me impressionar.

Eu admirando a vista.