Darwin é o tipo de cidade que se leva um tempo pra entender. Cheguei aqui como último destino da minha estada na Austrália, pra passar uma semana antes de ir pra Indonésia. Como nada na minha viagem foi planejado, não sabia que era temporada de chuva - chove todos os dias, o tempo inteiro, sem parar. E também não tinha ideia de que Darwin é a menor das capitais do país.
O primeiro impacto foi de choque: não tem nada pra fazer nesse lugar! É a sensação que dá, principalmente depois de ter passado por Cairns. Peguei o mapa da cidade que sugere um caminho com 18 atrações da cidade e dividi em três, pra fazer render. Entre os dois parques nacionais daqui, Kakadu e Litchfield, decidi ir somente pra Litchfield, que é mais perto e os tours mais baratos, e segundo muitos é mais bonito. Já tinha atividade para quatro dias. Contando que isso era tudo, decidi relaxar e aproveitar essa semana para descansar, ler e atualizar o blog. Hoje é meu último dia aqui e o resultado é que não consegui fazer tudo que queria.
Conhecer pessoas locais é sempre a melhor maneira de se conhecer uma cidade. E os darwinianos têm orgulho e prazer em mostrar sua terra, e em dizer que essa é a verdadeira Austrália, perto do outback e na beira do mar. Foram dois os principais responsáveis pela minha mudança de opinião: Alison e Jeremy. A Alison conheci em uma aula de swing que descobri em um clube local: ela já dança salsa, mas nunca tinha tentado swing, assim como eu. Conversamos bastante antes da aula, e ontem ela me buscou no albergue pra me mostrar um pouco mais da cidade. Fizemos um tour de carro pelas praias, todas com calçadão e parques na frente bastante convidativos para uma caminhada no final da tarde. Vi Cullen Bay e suas casas na beira da marina, com iates estacionados na frente, além de Mindil, Fannie Bay, Nightcliff e Casuarina Beach.
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Cullen Bay. |
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Piscina natural na wharf. |
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Também na wharf, piscina artificial com ondas. |
O Jeremy conheci pelo Couchsurfing. Pedi pra ele me hospedar, mas como no momento ele está morando com um amigo, não pôde me receber, mas se ofereceu para mostrar a cidade. Com ele experimentei hambúrguer de crocodilo e de camelo na Wharf (um local típico entre os locais), onde mesmo à noite se podem enxergar os peixes gigantes só esperando que alguém jogue os restos de batata frita. Também foi ele que me apresentou os famosos mercados de final de semana, e a linda praia de Casuarina.
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Jeremy com o hamburger de crocodilo, eu com o de camelo. |
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Mercado em Parap. Em primeiro plano, quiabo gigante. |
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Praia de Casuarina. |
Darwin me pareceu uma cidade legal pra se morar, cheio de empregos disponíveis (o pessoal chega aqui no albergue e consegue emprego no dia seguinte), pouquíssimos brasileiros e tranquila, o que se torna mais fácil de economizar dinheiro.